Friday 7 January 2011

East meets West


O pavão, o mastro da bandeira e o arranha-céus de vidro... Elabore.


Quando cheguei a Londres dizia-se que havia uma incompatibilidade fundamental entre o "Continent" e eles próprios, Britânicos, que nem valia a pena questionar. Ainda antes mesmo de aterrar no aeroporto de Ben Gurion pela primeira vez, todas as opiniões, solicitadas ou não, convergiam sobre a impossibilidade de ser transposto o fosso entre Judeus e "Goyim". Parte do tempo em Moscovo era necessariamente dispendido na tentativa de entender a Alma Russa, algo que, asseveravam-nos, nunca poderia ser inteiramente apreendido por um não-russo. Até mesmo na secular Palestina, a condição de não-muçulmano (já para não dizer não-crente) era tida como óbice maior para a compreensão da Arabidade. Aqui estou eu na Ásia. No "East meets West" de Banguecoque . Tentam convencer-me (conversas, leituras várias) que há que suspender a linearidade lógica do pensamento racional, típica do Ocidental cartesiano, para se conseguir ter acesso aos meandros profundos do software milenar da sociedade local. Avançar antes por símbolos, metáforas de metáforas, negar a evidência material, pensar poeticamente. Veremos. Nas outras terras por onde passei, por debaixo de todas as idiosincrasias havia sempre a doce e torturada humanidade. Universal.
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1 comment:

  1. What a refreshing read, estou a ver que está a perder as amarras. Boa cena.

    Read my blog. MTP

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